Trabalho de pesquisa
Cronograma de atividades a serem observadas pelo candidato
- O planejamento da pesquisa
- Fatores que inviabilizam a pesquisa
- Fontes de informações
- Coleta de informações
- Fatores importantes na escolha do problema
- Revisão bibliográfca (Leituras)
- Algumas idéias a despeito de resumo e resenha
Sobre mim
Antonio Carlos Rodrigues dos Santos. Graduado em letras pela Universidade Guarulhos (UnG), e especializado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade católica de São Paulo (PUC/SP). Atua como professor de Língua Portuguesa e Literatura na rede estadual de São Paulo e no curso pré-vestibular Educafro, bem como tem desenvolvido estudo acerca da Historiografia-linguística. Dar assessoria de pesquisa a candidatos de diversas áreas do conhecimento, desde a elaboração do projeto até a organização de monografias. Por conseguinte vem desenvolvendo um estudo a despeito dos meandros que circundam tal disciplina.
Caro amigo e colega pesquisador
As informações contidas neste gênero dizem respeito à orientação do trabalho de pesquisa, e, portanto são direcionadas aos universitários do curso de uma determinada graduação e/ou pós-graduação (lato sensu). De antemão quero esclarecer que tais orientações aqui postadas não esgotam todo saber acerca dessa questão, mas direciona o candidato da pesquisa a dar seus primeiros passos rumo a tal empresa. Desse modo seguem-se abaixo, em síntese, as principais idéias para a elaboração do projeto de pesquisa.
O projeto de pesquisa
Etapa preliminar da pesquisa, no entanto, esta deve ser bem elaborada, visto que se trata de base, alicerce para o sucesso da pesquisa. Um bom projeto é sinônimo de pesquisa promissora.
Ideias relevantes acerca do planejamento da pesquisa
1. Título - Referência para leitura. O título poderá ser organizado de maneira metafórica – literário.
2. Tema - diz respeito ao assunto abordado na evidente pesquisa. O tema é uma frase sem a presença de verbo e de preferência se inicia com a palavra estudo.
Seguem-se exemplos:
Ex: Estudo da argumentação em cartas dos leitores no ensino de língua portuguesa.
Estudo histórico – historiográfico de uma poesia de cordel.
Observe abaixo como ficou organizado o esquema do segundo exemplo:
Estudo + histórico – historiográfico + da língua portuguesa.
Estudo = palavra de referência que inicia a frase.
Histórico – historiográfico = teoria (referente à historiografia lingüística).
Poesia de cordel = área (neste caso, língua portuguesa).
3. Apresentação – Este é o momento em que se exporá sinteticamente de como se chegou ao tema, bem como à gênese do problema. Este é também o único momento em que o pesquisador pode expor questões de ordem pessoal.
4. Problema de pesquisa – o candidato levanta um possível problema com base numa questão apresentada na introdução de seu trabalho. Logo na introdução faz-se uma pergunta, contudo a resposta não poderá ser sim e tampouco não.
Uma vez que se tenha otema problematizado demodo bem esclarecido, a pesquisa estará bem encaminhada. O problema de pesquisa está ligado à fundamentação teórica. Aqui é o momento em que se abre um verdadeiro leque de questões - vários ângulos de se checar todas as matizes que um tema pode apresentar. A exemplo disso, Rizzatto Nunes (2010), postula as seguintes considerações a partir de um questionamento acerca do tema "liberdade":
"A liberdade". Pergunta-se: liberdade é assunto muito amplo? Resposta: sim. Para falar de liberdade em geral, ter-se-á de estudar da filosofia antiga até a filosofia contemporânea, na história em geral, pensar o direito em todas as suas vertentes, além de pensar nas teorias do Estado, na política ou na psicologia, sociologia etc. É tema amplo demais. Resolve-se, então, mudá-lo para "A liberdade política". O problema aparente resolvido demonstra agora outras facetas. Pergunta-se: "Trata-se de liberdade política universal?", que teve vigência em todos ostempos?", "Vale para todas as nações: no ocidente e nooriente?". Percebe-se, ainda, mais uma vez, que é prciso alterar o tema . Muda-se para "A liberdade política ocidental do século XX". Pois bem. Ficou bem mais limitado. Contudo resiste a novas questões?
"Fixado o ocidente no século XX, é possível abordar todas asnações em todos os importantes períodos do século, como as grandes guerras, os períodos de antes e após a Segunda Guerra Mundial etc.?" "E não é verdade que durante o século XX aliberdade e a política variaram de forma muito desuniforme nas diversas nações ocidentais?" "Se o assunto abrange os povos, os cidadões das nações, é deles que estamos tratando?"
Ainda não está bom. Muda-se novamente. Desta vez para: "A liberdade de agir diante do sistema político brasileiro". estamos quase lá. Restam algumas perguntas e respostas ainda que, talvez, em contato com o interesse do aluno, apontem a solução. "Estamos falando do sistema político brasileiro. Mas o que é sistema?" "A questão é da filosofia ou da ciência política pátria" "A liberdade de ´agir diante` é uma anteposição a sistema?" Resolve-se mudar de novo. Agora para "A liberdade deagir do cidadão na política brasileira após 1988". Chegamos ao tema.
-Seleção das fontes – o pesquisador lançará mãos a um aparato teórico (problema, à fonte e à teoria) – Hipotético dedutivo.
-Problema e sujeito – Na pesquisa o sujeito não se instaura como centro das atenções, e sim o problema. Um exemplo disso é o trabalho a respeito das dificuldades de um determinado aluno na sala de aula, o aluno é o sujeito. Porém, o foco deve ser direcionado para o problema, as dificuldades desse aluno.
5. Justificativa – Trata-se da contribuição que se espera com os resultados da pesquisa recorrendo relevância em três âmbitos: social, profissional e acadêmico. Na justificativa também é o momento de se relatar estudos anteriores a despeito do tema abordado.
6. Fundamentação teórica – é a linha teórica em evidência abordada pelo pesquisador. No esquema acima a historiografia lingüística. Cabe, nesta altura, expor os referenciais teórico-metodológicos, ou seja, os instrumentos lógico-categoriais nos quais se apóia para conduzir o trabalho investigativo e o raciocínio. (C.f, Severino, p. 131).
7. Bibliografia – Descreve-se a bibliografia de acordo com as normas técnicas pertinentes. É bom lembrar que esta parte se aplica ao final da pesquisa.
Fatores que inviabilizam a pesquisa
- O não esclarecimento do problema de pesquisa.
- Abrir demais o problema de pesquisa.
Fontes de informação
- Observação direta – fotografar o eclipse da lua.
- Observação indireta – quando se usa indícios de uma informação (redação do aluno – quando um professor informa sobre o que os alunos fazem).
- Relato verbal direto.
- Relato verbal indireto.
- Documento.
Coleta de informações
Começa-se a leitura do livro mais recente para o mais antigo. Desse modo, pressupõe que o autor recente já tenha lido o autor mais antigo.
Fatores importantes na escolha do problema
- Um aluno do curso de língua portuguesa não pode escolher trabalhar com texto literário, exceto do ponto de vista lingüístico.
- Tem que demonstrar prazer naquilo que está pesquisando (afetividade).